2 de mar. de 2013

Aos raros

Aqueles pra se guardar debaixo de sete chaves, trancando segredos.
Os que secam nossas lágrimas num desabafo, ou as causam em uma despedida.
Muitas vezes não os fazemos... Reconhecemos quem são.
Nem são da família, mas as vezes podem ser como irmãos. Ou pode até ser ele mesmo...
Os de tantos caminhos e tantas jornadas, de fé e camaradas...
Por quem vale rever velhas fotos; com elas se alegrar de saudade.
Desde criança, adolescência, juventude ou maturidade.
Aceitam nossos erros, diferenças, defeitos.
Curtem nossas igualdades, qualidades e acertos.
Sem muitas palavras nos entendem, mesmo assim pedem pra contarmos todas as histórias e detalhes.
Com quem compartilhamos pensamentos e emoções.
Aos que amamos sem segundas intenções.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
  Vinicius de Moraes


Nota: Dedique este texto à algum raro, seus amigos.

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