27 de abr. de 2013

Alegria!

Nenhum comentário:

Ah... se eu fosse feliz como queria.
Se sorrisse além da conta que podia.
Tivesse ela não só na minha fantasia.
Dormisse acompanhado até meio-dia.
Assim, eu transbordaria alegria.

Que louco seria
A maldade não existiria.
Dor, ninguém sentiria.
O próximo, amaria.
A boca dela, beijaria.
Os loucos eu entenderia.
Os sãos, confundiria.

Ah... que utopia.
Ou possível tudo isso se faria
Para o homem que pretendia
Ser feliz como queria
E sorrir além da conta que podia?

20 de abr. de 2013

Versículos

Nenhum comentário:

Já perguntou se está tudo bem com aquele estranho no espelho?
Pensou com seu coração ou sentiu com sua mente?
Podemos escolher o que viveremos!
Aprender com uma criança e ensinar um velho sábio.
Se está tudo certo, não necessariamente não há algo errado.

Buscar a verdade,buscar viver, são como uma escalada:
Chegar ao cume é importante sim!
Mas o que levamos conosco depois
é a experiência que aprendemos enquanto subíamos.

O bom amor não é aquele que sentimos por outros
por eles serem quem são,
mas aquele que emana de nós
por sermos quem nós somos.

Reinventar o velho.
Obsolescer o novo.
Ouvir com outros olhos.
Olhar por outros sons.

"Que o nosso silêncio faça-se grito.
Que nossa mente paire e nos pare em nossa correria.
Assim, aprendamos a viver"

14 de abr. de 2013

A beleza do voo

Nenhum comentário:
Ele chegou em casa e ouviu um som diferente... Um canto diferente ecoava pelos corredores do sobrado. Subiu as escadas guiado pelo que ouvia. Encontrou um pássaro, próximo à uma janela entreaberta, ao chão; não muito pequeno, cinza e meio sem graça, porém com um canto que fascinaria qualquer um se não fosse como um grito de "me ajuda". Não voou com a aproximação do jovem, apenas se remexeu com medo. Nitidamente estava machucado.
Pegou-o com cuidado e sem mexer muito, levou-o à uma veterinária. Entregou aos seus cuidados e esperou. Ele retornou com um pequeno curativo em na asa direita e outro na pata esquerda, e sob a orientação de resguardá-lo até que se sentisse a vontade para voar, retornou para casa com, o agora mais silencioso, pássaro ainda sem graça. Colocou-o numa caixinha grande, destampada, com um bebedouro e algumas sementes.
Diariamente repunha a água, completava as sementes, limpava a caixinha e acordava ao som de um canto que a cada dia começou a se tornar mais alegre e afinado... Ritmava com o dia que nascia. Se frio, nublado e chuvoso, o canto era lento, fraco, como se fosse um pedido de "fique mais um pouco na cama, não me deixe sozinho nessa caixa"; mas se o sol iluminasse todo o quarto, o céu só tivesse nuvens rápidas, daquelas que nos fazem sombras momentâneas, e um vento leve refrescava o ar, o canto era como um convite para viver mais um dia, e se possível, um "me leve com você para poder rever um dia lindo que as paredes dessa caixa me impedem".
Num começo de noite entrou em seu quarto esperando ver ao lado de sua cama a caixinha com cinzento cantarolando por sua volta, se surpreendeu ao vê-lo em cima da cama pulando, ainda sem voar, em direção à janela. Se alegrou por ver a recuperação do bichinho, e ficou meio sem graça de prender aquela criaturinha em um quarto o dia todo. Saiu rapidamente e voltou com uma gaiola grande, com uma casinha-ninho e vários puleirinhos para o cinzento pular enquanto sua asa não se mexia. Deixou-a ao lado de sua janela, pelo lado de fora, para não perder o canto da manhã que lhe descreveria como esta o dia.

Numa tarde de domingo, sentado ao ar livre, sob o olhar do cinzento começou a tocar seu violão, notas aleatórias soavam e um canto respondia sobre ele. Assim, entre notas, batidas, cantos e inspirações, a gaiola cai em sua cabeça! Cinzento, inspirado pela música que ele mesmo ajudava a compor ali, começou a bater incessantemente suas asas sem seu companheiro perceber, tanto que sua gaiola se desprendeu e caiu. O jovem ficou olhando por instantes os movimentos do pássaro que pulava para todos os cantos batendo suas asas; entre um pulo e outro, deixava escapar um arco-íris de cores que saltavam aos olhos em meio aquele todo cinza. Nunca havia percebido, pois até aquele momento o cinzento não tinha batido as asas e ele nem teve a curiosidade de mexer nas asas do bichinho, talvez por medo de machucá-lo mais, ou por pensar que embaixo daquele cinza sem graça, nada mais do que mais cinza haveria... Ledo engano, pois toda a beleza antes escondida atrás das penas cinza e da sensibilidade do canto que ecoava, agora enchia os olhos!
Sem pensar a terceira vez (já que cogitou ficar com o pássaro primeiramente, para ficar admirando aquela aquarela de cores, e depois pensou "quão belo deve ser seu voo cantado"; mesmo se soltá-lo e não tornar a vê-lo, mais valerá vê-lo uma vez voando livre e enchendo o céu com suas belas cores de asas abertas e seu canto feliz), abriu as grades e o cinzento, num salto, pulou para seu voo. 

6 de abr. de 2013

E se...

Um comentário:
Você já se encontrou com o "talvez"? O "e se" já te comprimentou? Foi ao cinema ou leu uma história que contava a sua provável história se tivesse tomado outras decisões?
Sabe tudo que você conquistou? Isso foi fruto de suas escolhas. Talvez os outros caminhos não te levariam a um melhor lugar do que está hoje e se, por qualquer que seja o motivo, não está feliz e realizado, há grandes chances da vida te mostrar como seria "se tivesse sido diferente". Há chances de novas escolhas te levarem a viver essa outra história.
Preciso compartilhar isso. Hoje me vi amando e sendo amado, na melhor companhia que poderia ter. Mas quando me dei por mim abri os olhos, e aquela foi a outra história que deixei de viver, por escolher um outro caminho. Hoje vivo uma terceira estrada, diferente destas duas; vivo algo que sonhei há anos e a vida me permitiu viver hoje.
As vezes nos perguntamos tanto "e se?", "como seria?", que não temos ideia de que a vida pode estar disposta a nos responder e mostrar realmente o outro caminho, mostrar o que completa a frase "e se..."
Se não tiveram ainda essa experiência, peço que atentem-se aos detalhes de tudo que vivem... Olhe seus estudos, suas amizades, seu coração, seus planos... Tudo isso tem outras alternativas e temos que, diariamente, fazer escolhas que deixam caminhos e dúvidas para trás. Cabe a nós seguir nosso caminho, pois muitas vezes não importa se o caminho tomado antes foi errado, o importante é continuar caminhando e buscar tomar decisões mais corretas daqui pra frente. Se nesse caminho nos perguntarmos "como seria naquele outro caminho que não tomei?", saiba que a vida te mostrará como seria, ou te dará a oportunidade de mudar sua rota e seguí-lo daqui em diante.
Conteúdo do Wonder Yourself sob licença de direitos autorais e Lucas Andrade. Informações sobre divulgação e reprodução de conteúdo clicando no objeto imagem Licença Creative Commons