17 de dez. de 2010

Uma vida é pouco

Um comentário:
Já fui árcade, já fui romântico, já quis trovar e até mesmo só ficar com meus iluminados pensamentos.
Já me disse ser um "homem de mil amores", já desejei ter somente um para me casar e até mesmo não quis mais amar.
(Sempre acho, como sempre achei, que o meu amor de hoje é o pra sempre, mas certo está Vinícius: "Que não seja imortal, posto que é chama/Mas que seja infinito enquanto dure").
Já pensei em levar minha vida ou deixá-la guiar-me, já pensei em me perder na vida ou até mesmo viver sem ela.
Já durmi noites em claro, já durmi em dias de insônia, já acordei sonhando e até mesmo acordei e nem sequer levantei.
("já vi o fim do mundo algumas vezes, é o sentimento mais comum, na manhã seguinte estava tudo bem", bela frase de Humberto Gessinger)
Já derramei mais lágrimas do que tem de água o Nilo, e delas mais sal do que no Morto. (Já disse o rei Davi: "O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã." Salmos 30:5)
Já planejei meu futuro, e sei cada passo que darei até alcançá-lo, isso me faz querer viver logo para chegar até lá! Quero viver! Viver logo tudo que tenho para viver, mas quero também que cada instante que vivo dure para sempre! É pedir muito a imortalidade? É viver demais? É, querer o impossível, tamanho egoísmo?
Sei que posso confiar em mim, até me disse: "e se em algum momento sentir a necessidade de procurar por alguém, para te ajudar naquilo que nem você consegue explicar o que é, pode ter certeza que eu já saberei o que se passa, e estarei aqui!". Disse à mim mesmo e sei que cada palavra fora verdadeira! Posso confiar em mim e no meu mestre Tempo!
Será que o que sinto e o que me pergunto foi o que Sócrates ou até Nietzsche se perguntaram? Passaram eles, sendo tão eles como foram, o que passo eu agora, sendo tanto eu como sou, tantas noites de devaneios assim?...
Acho que sonhei, sim, acho que uma noite dessas aconteceu comigo algo que chamam de sonho, foi tão bom e tão perfeito que fora impossível, durou mil e uma noites (e ainda estou contando-as), não quis acordar, mas a vida me chamava loucamente gritando "levanta! está na hora de acordar!"
Quero agora, mais do que nunca, viver. Viver a vida louca vida que me acordou!
Posso depois me tornar mais algum, perdido no tempo, literário ou filósofo. Posso depois amar mais, me casar, juntar, amar de novo...
Posso tudo agora, mas tenho um medo novo agora: uma só vida basta para viver tudo?

9 de dez. de 2010

(minha) Fé (agora)

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O que é crer? Ter certeza de algo que não é real, algo que ainda não é real, algo que escolhemos acreditar, dar crédito ao desconhecido?O que é?
"A fé é ignorar tudo aquilo que é verdade.", será Nietzsche?
"Se a crença é apenas subjetivamente suficiente e se é, ao mesmo tempo, considerada objetivamente insuficiente, chama-se fé", posso crer nisso Kant?
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem." Hebreus 11:1, seria tal prova tão firme?
"A fé necessita de uma base, base que é a inteligência perfeita daquilo em que se deve crer. E, para crer, não basta ver; é preciso, sobretudo, compreender.", devo compreender ou crer Kardec? Ambos?
Não me importa as definições! Hoje creio, tenho fé, acredito, e o que mais quiserem chamar, de que além de dar tudo certo, num futuro próximo, como tudo em minha vida que deixei nas mãos do Tempo, o que sonhei, planejei, escolhi, me dispus e hoje sonho ter para mim, se encontrarão de uma vez só, culminarão junto a mim no alto ponto do regozijo do meu ser, então agradecerei a quem merecer meu agradecimento e comemorarei ao lado de todos que quiserem comemorar comigo!
Creio...apenas creio... continuo acreditando... Aí está: para mim, hoje, crer é ter esperança, e tenho esperança no dia de amanhã, no amanhã além de amanhã, no futuro-tempo que ali na frente me aguarda.
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