24 de jan. de 2011

Com os olhos de criança

Um comentário:
Inocência, pureza, sonhos, alcançar o céu. São coisas que rodeiam a mente de uma criança, mas com o passar do tempo, e com a aquisição de maturidade, a mente humana passa a compreender o mundo de uma maneira mais "concreta" e "real", e isso pode ser notado pela direção do olhar com o passar do tempo. Quando bebês, nem sequer abrimos os olhos, por isso nos sentimos perdidos, não conseguimos nos expressar, não sabemos as "maneiras corretas" de interagir com o mundo; então crescemos, e começamos a olhar as primeiras coisas e tentamos compreendê-las, passamos então a reconhecer rostos, expressões, mas tudo ainda nos é muito novo. Depois de um tempo então, nossa mente e nossa visão comunicam-se entre si, aí chego no ponto que me levou a escrever este texto: quando criança, direcionamos nosso olhar, na grande maioria das vezes, para o alto, pois em nosso campo de visão horizontal não há nada além de rodapés, joelhos e nossos amiguinhos, por isso erguemos nosso olhar a fim de buscar satisfazer nossa curiosidade sobre o mundo. Ao olhar para cima desejamos o que é grande, alto, que parece ser o bom. Ao olhar para cima vemos mais o céu. Agora pergunto, quantas vezes, ultimamente, olhastes para o céu? Creio terem sido menos vezes do que quando era criança. Ao crescermos, nosso olhar pára de ser, gradativamente, vertical, e passamos olhar para o mundo horizontalmente, sentimos que está tudo a nosso nível, fascinamo-nos com essa nova visão e esquecemos de como olhávamos o mundo anos atrás, para onde olhávamos. Passam os dias, evoluímos e nossa memória não se lembra mais de nossa infância, temos uma nova meta: crescer mais, assim, poderíamos olhar para os demais por cima, mas assim olharíamos para baixo, daí, a queda e regressão é inevitável. Devemos sempre olhar para o alto, sermos sonhadores, assim como crianças, pois nosso olhar nos direciona por onde andar.

22 de jan. de 2011

Progressão

2 comentários:
Tudo é contínuo, só houve um começo: o da vida!
Uma revolução não é feita em um dia, sempre é gerada antes e progressivamente vai ganhando forma. Uma mudança, mesmo que no subconsciente, passa por um processo de preparação contínua até, de fato, ocorrer.
Certas atitudes e acontecimentos podem até mudar repentinamente uma situação, mas, a partir deste instante, a adaptação a essa nova circunstância é feita de maneira paulatina e natural. Imprevistos acontecem, mas conta-se realmente para nossas vidas o modo com que lidamos com eles e suas consequências, conta-se se continuamos a viver do mesmo jeito após eles ou se temos que começar a pensar em um novo caminho a seguir.
Cada passo dado é uma sucessão dos que te levaram a ele; o que importa é a direção tomada, a partir daí, cada avanço, seja um passo ou um salto, te leva para o fim do rumo tomado. Cada decisão tomada, seja por sí próprio ou por outros, sobre sua vida, leva influências de tempos mais anteriores, mais remotos do que imagina; não há decisão feita hoje sem marcas de ontem. Pense em cada ato feito hoje, ele com certeza sofreu influênica do seu passado, e terá valor no seu futuro. Sim, ainda há tempo de mudar o rumo a ser seguido, mas isso não é um novo começo, é apenas uma continuidade...
Tudo é contínuo, só houve um começo: o da vida!
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