28 de mai. de 2013

O óbvio e o julgamento

"Mas isso é óbvio". "Isso não faz sentido". "Como ninguém pensou nisso antes?". "Isso tá errado".
Quantas vezes não nos pegamos dizendo tais expressões, ou semelhantes a essas? Mas até que ponto nosso conhecimento de alguma coisa nos permite julgar o óbvio ou o certo?
Era óbvio para todos que as maçãs caíssem das árvores, mas, descobrir o verdadeiro porquê disso, nem todos se propuseram. Hoje é óbvio que é a gravidade. Vai tentar explicar que, a maçã cai no chão, porque as coisas tendem a voltar ao seu lugar natural (a macieira nasce da terra, por isso a maçã tende a voltar pra lá), como antes fazia sentido para todo mundo pós Aristóteles e pré Newton.
Há momentos que o ser humano é arrogante em sua ignorância,  menosprezando a busca por explicações que outros se aventuram em achar, e se surpreendem quando os outros a encontram e dizem "Como ninguém nunca pensou nisso antes?", eu perguntaria "Por que você não pensou antes?". Visionários, questionadores e inventores de anos e décadas atrás foram julgados por terem ideias que, tempos depois, revolucionariam a sociedade, só que em seu tempo diziam que eles estavam errados. Me pergunto: "quem eram os certos que os julgavam errados?".
Há momentos que o ser humano é arrogante em seu conhecimento. Não é porque uma coisa é obvia, clara e evidente para você que deve ser para todos demais. Conhecimento, cada um adquire um diferente e de formas diferentes. Conhecimento não deve ser medido, e sim compartilhado. Saber algo que outros não sabem não lhe torna mais inteligente, muito menos mais sábio, você apenas tem um conhecimento que outros não tem e, certamente, estes sabem de coisas que você nem faz ideia; isto te tornaria burro?

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