9 de out. de 2011

Com o passar do tempo

Frenético! Tudo mudou como uma onda inconstante! Vivemos em um momento macro de mudanças, escrevendo uma importante história na História. Somos o resultado e a continuação do Pós-Modernismo.
A evolução tentou otimizar nosso tempo, mas de onde vem a sensação de que temos menos tempo a cada dia? Tecnologia, tudo parece mais velho mais rápido; se algo não lhe parece novo, a sensação de repúdio a ele é instantânea. E olhe bem ao seu redor, tudo isso influência você!
Se você viveu nos anos 90, 2000, certamente passou pelo mesmo que eu, somos a geração Z, e isso por quê? Porque sucedemos a geração Y, uma geração que viu um mundo pós-Guerra, divisões claras de ideias entre pessoas, avanços enormes e inimagináveis. Tudo foi mastigado e deglutido, muito não por nossos pais, mas por alguns "superiores" comtemporâneos a eles, e nos foi entregue "de mão beijada". Não fazemos ideia alguma de como foi imaginar o homem na lua, ter medo de olhar para o lado e não poder dizer o que pensava, ouvir um tipo de musica por rebeldia, marcar um tempo. Mas fazemos exatamente tudo isso hoje em dia, porém, o que é grave ao meu ver, sem um motivo idealizado.
Vemos notícias de descobertas no espaço, o homem planejando ir à Marte e achamos normal. Falamos o que queremos e pensamos, muito sem receio. Mas por que o homem quis ir ao espaço? Foi para mostrar uma superioridade, mesmo que ao meu ver fosse algo fútil, havia um ideal, hoje mal procuramos entender o porquê de conquistarmos mais espaço no Espaço. Por que tanto foi lutado pela democracia? Para que ideias conflitantes fosse debatidas e todos ouvidos, e não como fazemos, todos falando e nenhuma fala marcando nada.
Para nossos "antecedentes" existia "o certo e o errado", para nós novos conceitos surgiram: "o que não é errado e o que não é certo, não significando ser certo ou errado, respectivamente". Nosso senso de julgamento se tornou mais flexível, lutamos agora por igualdades, assim como foi feito décadas atrás, porém em um nível mais amplo. A homossexualidade, lutas ambientalistas, liberdade infanto-juvenil, individualização personalizada, entre outras frentes novas estão sendo consideradas atualmente. Não lembra-nos Nietzsche? O bem e o mal não tem mais suas caras tão evidentes, tudo é certo e pode ser errado, e vice-versa. Mas para onde estamos tendendo? Nossa geração está pensando de modo cristão (no sentido menos religioso) de punição para o que é errado, ou também para o que não é certo? Ao meu ver, estamos tendendo a olhar mais para nós mesmos, queremos ser nossos próprios superiores, procuramos evoluir junto com o mundo a nossa volta, nos engajar em muitas causas por parecer conveniente, não aceitamos ficar para trás no tempo, mesmo ele mantendo seu curso constante, queremos até mesmo passá-lo, o que explica a sensação de termos menos tempo a cada dia.
Reveja seus porquês, seus ideais, e ações. Veja se ao menos está os construindo, ou está deixando para o mundo moderno e frenético os fazer. Não estou apologizando uma ideia anti-moderna, mas apenas alertando para que cada um possa moldar-se à sí mesmo em meio a vida que existe ao nosso redor.

Um comentário:

Patty disse...

Ah, vet... Poxa, concordo com a sua descrição sobre como é a vida da nossa geração e de como foi a vida da geração Y... Mas, ao contrário de você, acho incrível a nossa realidade. Surgimos em meio a crises, e vivemos crises e colapsos (econômicos, sociais e ambientais) sem "nos abalar", acho a nossa geração uma das mais sonhadoras até então: Nunca houve tantos jovens na faculdade, nunca houve tanta gente indo a outros países; e, concordo que meus pais tenham sofrido/aprendido mais do que eu sofri/aprendi até agora, e os admiro por isso, a geração Y teve de superar muita coisa... Mas, é inegável que a nossa geração sonha muito mais e com isso, se realiza. :) Sei lá, tenho uma visão mais otimista das coisas... Acho que não perdemos "os objetivos", é que lutamos de forma mais silenciosa, mudando a nós mesmos primeiro (mais pacífico mas nem por isso menos efetivo, na minha opinião).


:D mas adorei o texto, de verdade.

Conteúdo do Wonder Yourself sob licença de direitos autorais e Lucas Andrade. Informações sobre divulgação e reprodução de conteúdo clicando no objeto imagem Licença Creative Commons