1 de abr. de 2011

Uma lágrima, uma curva

"O homem que não mais chora, ou está morto, ou não é mais homem"

Lucas Andrade

"Quem tem medo assimila toda forma de expressão como protesto"

Fernando Anitelli

Não faço idéia de como juntar essas duas frases, mas lá vai! Qual seu ponto de vista sobre tudo? Quais posições já tomou sobre uma mesma coisa? Como mudastes durante sua vida? O que te mudou? Ou tens a cara de pau de afirmar ser ainda a mesma pessoa de 5 anos atrás? 2 anos, 10 meses, 1 mês, um dia!? Cada passo que damos nos muda! Mas há, para mim, algumas coisas específicas que mudam nosso caminho da vida, nos fazem virar numa curva pela qual passaríamos sem notar, um novo caminho que seguimos sem saber se há volta para o roteiro inicial; geralmente essas coisas específicas acontecem e nos deixam marcas, que muitas vezes não param de doer, são como cicatrizes que, mesmo depois de fechadas, ainda doem a cada vez que nos vemos sozinhos, no nosso canto, perdidos em nossos pensamentos, conversando com nosso eu que nos mostra possibilidades de vida que teríamos se não entrássemos em algumas curvas durante a vida... Pode ser só comigo, mas deveria ser o normal ao ser humano, que quando essas imagens passam pela mente, o choro é inevitável! "O homem que não mais chora, ou está morto, ou não é mais homem" Cada cicatriz é uma história, cada uma molda-nos e nos fazem ser quem hoje somos, cada cicatriz uma curva! O que hoje pensamos, o que aprendemos, o que temos como conceito de vida, tudo é resultado do que vivemos... Freud explica... Porém, quando mostramos nossas cicatrizes há pessoas que perguntam como a adquirimos, tentam entender o porque dela estar ali, já outras apenas se repudiam e rejeitam o que vêem, ou pior, até finjem que não viram. Mas por que elas tem tais reações? "Quem tem medo assimila toda forma de expressão como protesto", mas que medo seria esse? Ao invés de entenderem que o choro é um meio de expressar a dor da cicatriz, apenas julgam segundo suas próprias cicatrizes sem pensar nas de quem está gritando de dor!


Antes de olhar para as mudanças que outra pessoa sofreu, olhe para as que você próprio sofreu! Olhe para suas cicatrizes e pense no que elas influenciaram no que é hoje! Não se ache único, pois o ser humano é tão desigual que chega a ser um mais igual que o outro, cheio de marcas da vida, alguma lágrima já derramada e curvas que fazem caminhos distintos se encontrarem.

Um comentário:

Van disse...

"conversando com nosso eu que nos mostra possibilidades de vida que teríamos se não entrássemos em algumas curvas durante a vida... "
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