"Olá" - "Tem alguém aí dentro?"
"Hey..." - "Que está aí?"
"Oi, sou eu..."
"ah..."
"Tá tudo bem aí?"
"Instintivamente eu diria 'sim', com um despojado sorriso no rosto" - "E aí?"
"Bem, eu quem faço o sorriso despojado, então diria que não está tudo bem"
"Por que?"
"Pois sei que você não está" - "Sinto você, sei como realmente está"
"Se sabe, por que perguntou?"
"Não sei... Talvez por querer só ouvir sua voz depois de tanto tempo... Ou foi o único modo que pensei de puxar assunto"
"Pois é... Todo dia a mesma história... Um evitando o outro" - "Qual a razão por hoje vir até aqui?"
"Você sabe!" - "Só nós sabemos"
"OK, eu sei! Só queria saber se era realmente você vindo falar comigo, já que sumiu por tanto tempo"
"Acusação aceita! Confesso minha culpa" - "Sei que minha confissão não me inocenta, nem reduz minha pena. Confesso, pois não há como mentir ou omitir algo à você"
"Pois é... Mas eu não sei te condenar. Já que nosso senso de julgamento leva em consideração mais a intenção dos atos do que suas consequências"
"Por favor, vim aqui sabendo da minha culpa, me sentencie por, mais uma vez, ter te deixado abandonado, calado e sozinho neste lugar frio e feio"
"Não fale assim daqui! É meu lar, é você!"- "E não consigo te sentenciar, você sabe que minha natureza não é essa" - "Eu te conheço bem, sei que se veio à mim é porque aprendeu algo com o Tempo"
"Isto é verdade..."
"E tudo que chorou, sofreu e doeu, já lhe foi condenação dada pela Vida... Ela quem tem esse papel; o meu é outro... É te dar a mão, quantas vezes foram necessárias, para te fazer sentir forte, feliz e completo de novo"
"Mas eu te abandono sempre que faz isso conosco... Não sou digno de você"
"Não diga besteiras!!" - "Temos um ao outro para sempre, e assim sempre será"
"..." - "Não sei se choro de felicidade por ter você, ou de tristeza por ver quão perverso sou às vezes com quem mais amo"
"Não chore! Sorria!" - "Já disse, se você veio novamente à mim é porque amadureceu mais. Agora não estou triste pela sua partida... Ela está no passado! Estou feliz agora, por rever meu verdadeiro amigo de novo"
"Por que é sempre assim? Toda vez! Te reencontro e você está cada vez mais belo... Seu brilho é cada vez mais forte, mesmo eu tendo te abandonado. Enquanto isso, eu estou sorrindo falsamente para esconder as dores"
"Olhe de novo para você mesmo... Me diga quem está brilhando agora?" - "Quantas vezes terei que repetir? Eu também não estava bem, as dores que você sentia eram nossas, era eu aqui também tentando sofrer no seu lugar, para que você pudesse ter forças para sorrir por nós" - "Só que não adianta eu querer sofrer no seu lugar, já que você sente que eu estou mal, acabamos sentindo o mesmo sempre"
"Mas que não vinha te ver... Te deixava sofrendo aí, escondido e abandonado"
"Claro, quem iria sorrir despojadamente por mim quando perguntavam como estava?"
"A gente acaba sendo uma boa dupla, né?" (rsrs)
"Aham!" - "Somos demais sendo um"
"..."
"Então, vai ficar aí com essa cara de bobo, ou vai me dar a mão para me levantar daqui e te dar um abraço?"
"Perdão"
[...]
"Te perdoei antes mesmo de ter motivos para isso... É o que se faz por quem se ama de verdade"
"Obrigado por não desistir de mim" - "Não sei como te agradecer"
"Só continuar me abraçando forte" - "Somente assim, juntos, é que somos completos: eu, você, nós, somos um mesmo"
"Eu te amo"
"Eu nos amo"
"Eu me amo"
É sempre a mesma história, será que um dia eu aprendo a não me deixar de lado?
Meu Verdadeiro Amigo
Conto do Reencontro
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