16 de abr. de 2011

Sabimento III

Um comentário:

Você já se questionou hoje? Se pôs em um dilema? Buscou respostas que ninguém achou, ou que até acharam, mas nunca a viram por um ângulo que só você pode ver? Já despertou sua esfinge interior para decifrá-la, Édipo?
Buscamos, por inúmeras vezes, respostas que já sabemos, que já temos guardadas em nossas mentes, porém julgamos não saber; queremos tantas respostas, perguntamos à todos os outros, menos à nós mesmos!
Nossa geração acostumou-se com respostas fáceis e rápidas, de tal maneira que acomodou-se com relação a achar outros métodos para solucionar problemas, ao invés de esperar que os demais a nossa volta resolvam nossas questões, deveríamos buscar por nós mesmos tais resoluções, pois ninguém melhor do que o próprio indivíduo para resolver seu problema individual!
Mas podes me dizer: " não estou procurando por respostas agora, e quando estou, busco por mim mesmo", estás correto, mas, mesmo parecendo contraditório com o que disse, te questiono: já, pelo menos, ouviu a opinião das outras pessoas com relação às suas dúvidas? Pois, querendo, ou não, você não viveu, e nunca viverá todas as possíveis experiências da vida, mas com certeza, as que você não viveu, alguém já, e este alguém pode estar ao seu lado para te auxiliar.
Busque resolver-se sozinho, não espere que alguém lhe dê de mão beijada todas as respostas, mas não se sinta o dono da verdade, seja humilde para ouvir e aprender com as lições vividas pelos semelhantes a você que estão a sua volta.

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4 de abr. de 2011

Um canto de alegria

3 comentários:

Qual foi a última vez que você fechou os olhos, tomou ar, e cantou a plenos pulmões? Não me diga que você nunca fez isso?
Nunca gritou em um lugar aberto, sozinho ou não, para desabafar algo, ou simplesmente de alegria? Não deixou uma música, uma poesia, ou até mesmo frases avulsas, tomarem conta de você e, quando menos percebeu, as palavras saíram da sua boca?
Faz bem rir sem motivo! E se há motivo então... Melhor ainda! Ou achas que as pessoas gostam de ficar ao lado de "caras emburradas"? És daqueles que não gostam do calor humano? Se sim, sinto muito, a única coisa que posso te oferecer é o calor que não gostas; agora, se és daqueles que estão de braços abertos para todos, peço: quando me veres com um sorriso no rosto, abrace-me, ou seja, me abrace sempre!
Se quiseres um abraço, ria. Se quiseres um sorriso, abrace. Vice-versa e troque a ordem!
Cante afinando-se com sua alma e com o que ela quer dizer, não importa se gostem ou não, seja você mesmo, seja sua alma, ela é o mais você que você pode ser!

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1 de abr. de 2011

Uma lágrima, uma curva

Um comentário:

"O homem que não mais chora, ou está morto, ou não é mais homem"

Lucas Andrade

"Quem tem medo assimila toda forma de expressão como protesto"

Fernando Anitelli

Não faço idéia de como juntar essas duas frases, mas lá vai! Qual seu ponto de vista sobre tudo? Quais posições já tomou sobre uma mesma coisa? Como mudastes durante sua vida? O que te mudou? Ou tens a cara de pau de afirmar ser ainda a mesma pessoa de 5 anos atrás? 2 anos, 10 meses, 1 mês, um dia!? Cada passo que damos nos muda! Mas há, para mim, algumas coisas específicas que mudam nosso caminho da vida, nos fazem virar numa curva pela qual passaríamos sem notar, um novo caminho que seguimos sem saber se há volta para o roteiro inicial; geralmente essas coisas específicas acontecem e nos deixam marcas, que muitas vezes não param de doer, são como cicatrizes que, mesmo depois de fechadas, ainda doem a cada vez que nos vemos sozinhos, no nosso canto, perdidos em nossos pensamentos, conversando com nosso eu que nos mostra possibilidades de vida que teríamos se não entrássemos em algumas curvas durante a vida... Pode ser só comigo, mas deveria ser o normal ao ser humano, que quando essas imagens passam pela mente, o choro é inevitável! "O homem que não mais chora, ou está morto, ou não é mais homem" Cada cicatriz é uma história, cada uma molda-nos e nos fazem ser quem hoje somos, cada cicatriz uma curva! O que hoje pensamos, o que aprendemos, o que temos como conceito de vida, tudo é resultado do que vivemos... Freud explica... Porém, quando mostramos nossas cicatrizes há pessoas que perguntam como a adquirimos, tentam entender o porque dela estar ali, já outras apenas se repudiam e rejeitam o que vêem, ou pior, até finjem que não viram. Mas por que elas tem tais reações? "Quem tem medo assimila toda forma de expressão como protesto", mas que medo seria esse? Ao invés de entenderem que o choro é um meio de expressar a dor da cicatriz, apenas julgam segundo suas próprias cicatrizes sem pensar nas de quem está gritando de dor!


Antes de olhar para as mudanças que outra pessoa sofreu, olhe para as que você próprio sofreu! Olhe para suas cicatrizes e pense no que elas influenciaram no que é hoje! Não se ache único, pois o ser humano é tão desigual que chega a ser um mais igual que o outro, cheio de marcas da vida, alguma lágrima já derramada e curvas que fazem caminhos distintos se encontrarem.

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