31 de jul. de 2010

Corpus Toccare

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Um toque, um gesto, o que for!
Quem já não recebeu um abraço forte de alguém e pensou "há quanto tempo não me sinto assim?"; a falta de um contato humano nos deixa vulneráveis, e quando o recebemos parece que aquele corpo, humano igual ao seu, levou um pouco de um fardo que carregávamos. Mesmo que estejamos em um dia ruim, não há como resistir à um sorriso que nos lançam, parece que fora nós mesmos quem sorrimos.
Olho no olho. Há contato mais fidedigno do que a troca de olhares? Há palavras que valem mais do que aquelas que se ouve quando ditas pessoalmente? Há carinho mais valioso do que aquele, feito na sua face, com a mão daquela pessoa que só lhe quer bem?
Timidez, insegurança, medo; qualquer que seja o que te impede de demonstrar, com seu corpo, o que sentes, lance-o para longe! Tire-o do seu caminho e de você! Seja e faça! Abrace! Beije! Acaricie! Diga o que fará bem ouvirem! E se sentir a falta disso para com você, faça-o mesmo assim, e estarás fazendo à si mesmo!

24 de jul. de 2010

Atemporal

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nota: desculpa pelo longo texto, mas vale a pena lê-lo e refletir sobre.Como seria bom voltar àquele dia, não? Pra refazer tudo o que acha que errou?!
Este é um pensamento comum, eu sei, e sempre o temos com o intuito de mudar, fazer diferente, por estarmos assombrados por três letras/ duas palavras: "e se".
Gian, um homem, também assombrado, por já ter perdido várias oportunidades, chances, por ter feito e dito coisas das quais se arrependera, por ter feito escolhas que deseja, até hoje, mesmo que tardiamente, mudar, buscou inúmeras maneiras de realizar um antigo sonho humano: voltar no tempo; e conseguiu. Após ficar cansado de mais um dia de pensamentos e pesquisas, foi dormir, pensando em como seria tal experiência. Acordou na manhã "seguinte" e estranhou... Aquele era o seu quarto sim, mas igualzinho ao de 10 anos atrás, se assustou quando olhou para seu corpo, foi correndo ao banheiro, tropeçando em mobílias que não estava mais acostumado com suas posições, e caiu em prantos ao ver a imagem refletida no espelho, via-se sem barba, cabelo curto, mas era ele... Sim, Gian voltou no tempo, mas algo o incomodava mais: sua mente se manteve intacta, dentro daquele corpo mais jovem habitava a mente de um adulto, com lembranças de coisas que "ainda" não aconteceram... Ficou atormentado com a idéia de viver tudo novamente, um eterno dejávu, conseguiria dominar a ciência de que voltara no tempo? Voltou ao seu quarto.
Um porém. Gian não retornou à um dia qualquer, ele reviveu exatamente o mesmo grito de sua mãe o chamando para o café, seu irmão febril, seu pai saindo de casa afoito por ser seu primeiro dia após receber a promoção; aquele seria, assim como "já" foi, um dos dias mais decisivos de sua vida. Tentou disfarçar o que sentia, vestiu-se com a mesma roupa daquele dia como que por instinto, se dirigiu à cozinha tentando demonstrar que não sabia que comeria pão com frios, bolacha de maizena com um café forte; seu corpo se movia como que sozinho, não tinha coragem de mudar um gesto qualquer.
No caminho para a escola, lá estava ela, Ariane, lhe esperando. Como foi bom ele sentir novamente aqueles lábios juntos aos seus depois de tanto tempo, mas se conteve para segurar a lágrima que estava pedindo para cair... No curto caminho à escola, no meio da conversa sobre a última semana de aula, e nos planos vestibulares, o recado o qual ele não queria receber novamente: " Gian preciso falar com você mais tarde"; o beijo conseguinte foi como um adeus de novo. Não conseguia novamente mudar nada, nem se quer uma palavra diferente passava em seu mente, mas oras, não queria voltar para refazer tudo diferente... Chegando à sala de aula sentou na mesma carteira riscada de sempre, tirou a mochila que caiu instantaneamente no chão, estava impressionado pelo fato de que ninguém notara seu olhar de pavor. Começou a prova pela qual já esperava, e inexplicavelmente, só se recordava das questões as quais sabia que tinha acertado, mesmo as que, depois daquela mesma prova a 10 anos atrás, havia consultado. Se questionou o porquê de não conseguir mudar nada... Sem respostas...
Tudo acontecia exatamente da mesma maneira, e o que mais o irritava era que ele não conseguia mudar. No intervalo da aula, já esperava ser chamado à diretoria, aquela proposta a qual aceitou para iniciar um estágio na empresa que sua família sonhava para ele trabalhar, e que sabia que, anos depois, o acusaria como maior responsável por sua falência, lhe foi feita novamente; agora, o "não" era inevitável, todas as lembranças do quanto sofreu após todos os ocorridos o dariam forças para mudar aquela sentença, mas sem prestar muita atenção, já estava fora da sala da diretoria, com o contrato assinado nas mãos, e com seu pai o abraçando e agradecendo pela decisão tomada.
Voltou à sala, e estranhamente se lembrou de algo que parecia ter fugido de sua memória: enquanto todos estavam aproveitando as aulas vagas que teriam até o fim da manhã, ele sentou-se em sua cadeira e ficou preocupado com tudo o que acontecia, ele não se recordava de que ficara aquelas três horas ali sentado e incomunicável, e assim sucedeu-se tudo novamente.
Saindo da escola, surpreendeu-se, mesmo sabendo que Ariane se aproximava para lhe dizer aquelas poucas palavras que o fizeram desacreditar em tudo o que aprendera ser aquilo que era chamado amor. Aquele fim de relacionamento o marcaria.
Cabisbaixo, fez aquele caminho de volta à sua casa novamente, parecia uma peregrinação dele com suas lembranças. Não compreendia o que revivera, estava tão aflito que se esqueceu do que estava por acontecer... Esqueceu da cena que lhe perseguiu durante anos. A bola atravessava a rua lentamente, aquela criança do outro lado parou de correr, e a bola cruzou o caminho de Gian, um pedido, um simples pedido que ele poderia ter atendido, o pedido de " ow, joga a bola ae" ecoou na sua mente, mas era tarde, novamente havia se deixado levar pela fúria, agora em dobro, e respondeu grosseiramente, com as mesmas palavras, para a criança ir pegar por ela mesma, quando notou, o carro já estava virando a esquina, cantando pneu, e a criança gritava no chão... Quando se aproximou dela ouviu aquelas palavras que o açoitaram anos e anos : "me ajuda tio, liga pra alguém... eu só tinha te pedido pra pegar a bola", os olhos se fechando agora não era mais uma lembrança, era novamente real.
Um grito... "não!". Enfim, algo o qual ele não havia feito 10 anos atrás.
Acordou novamente, tudo voltara ao normal, um sonho? Pesadelo? Infelizmente não.
Gian concluiu: só voltou no tempo para reviver, e não podia mudar algo, pois se não, ele não teria o desejo de voltar.
Gian aprendeu que o passado só nos serve para relembrar tudo o que foi aprendido, não para ser revivido e nem mudado, pois se algo acontecesse diferente, não se sabe se poderíamos voltar no tempo para mudar de volta. E se pudéssemos...?

9 de jul. de 2010

Mudança de base.

3 comentários:

Área de escape. Saída de emergência. Mantenha-se à direita.
Tá de "saco cheio"? Acabou de escorregar e cair com tudo no chão? Errou feio? Disse besteira? Fez besteira? Decepcionou-se? Te decepcionaram? Já passou pela sua cabeça o pensamento de sumir? Então preste atenção: mude! Seja lá o que for, e que você sabe que precisa ser mudado; só peço que antes avalie as consequências e circunstâncias e, se realmente, já deu vontade de sumir, mude!
E depois vêm me dizer que matariam quem "inventou" a matemática (pô pessoal, ela não foi "inventada", simplesmente surgiu, mas isso é assunto pra outra hora), mas com essa magnífica ferramenta podemos aprender uma coisa: se está complicado, difícil e você não aguenta mais tentar, e tentar e errar, simplesmente faça uma coisa: simplifique!
Não vale a pena perder tempo transtornado e preocupado com problemas que nos surgem, pense que para todos eles há uma solução, mesmo que seja rude, mas a solução existe, basta apenas buscá-la, e um passo importante para isso é mudar! Apague, refaça, e mude a maneira com a qual houve o erro. "É chato quando você erra, apaga e refaz o mesmo erro"¹, mas preste atenção no que foi errado e mude!

¹frase idealizada do post de Wesley Gado
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